Blogue dos Profissionais RVC do CNO EsMax. Move-nos o desbravar dos caminhos, o alargar das estreitezas.


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23/01/11

Sophia


À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.




A propósito do Colóquio Internacional que a Fundação Calouste Gulbenkian dedica a essa Alma Maior da Poesia na nossa língua - Sophia de Mello Breyner Andresen - Quinta e Sexta desta semana, em Lisboa.
Aqui, na série documental - Grandes Livros - produzida pela RTP. - Retrato por Arpad Szenes publicado na capa da sua Obra Poética (actualizada)

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