Blogue dos Profissionais RVC do CNO EsMax. Move-nos o desbravar dos caminhos, o alargar das estreitezas.


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16/12/11

Remind Her

Aqui fica um vídeo que a nossa ex-colega, Dra. Ana Rodrigues, utilizava para explicar o Referencial de nível secundário:

Com votos a todos de boas festas ou bom trabalho!

22/11/11

Ocupação


"Em primeiro lugar, todos os interesses se desenvolvem a partir de instintos ou hábitos, os quais, por sua vez se baseiam num instinto original. Não se pode concluir que todos os instintos tenham o mesmo valor ou que não herdemos muitos instintos que necessitam mais de transformação do que de satisfação, de forma a terem alguma utilidade na vida. Mas os instintos que encontram uma saída e expressão conscientes na ocupação estão destinados a ser de um tipo particulamente fundamental e permanente. As actividades da vida estão por necessidade orientadas no sentido de colocar os materiais e forças da natureza sob o controlo dos nossos objectivos; a torná-los tributários com os fins da vida. Os homens tiveram de trabalhar para viver. No seu trabalho e através dele controlaram a natureza, protegeram e enriqueceram as condições de vida, despertaram para o sentido dos seus próprios poderes: foram levados a inventar, planear e alegrar-se perante a aquisição de competências. De uma maneira muito simples, pode dizer-se que todas as ocupações podem ser entendidas como instâncias das relações fundamentais do homem com o mundo em que vive com o objectivo de arranjar comida para manter a vida; assegurar vestuário e abrigos para se proteger e ornamentar-se e, por fim, encontrar uma casa permanente na qual todos os interesses espirituais e mais elevados se possam centralizar. É um absurdo pensar-se que interesses que possuem esta história subjacente possam ser menosprezados."

A Escola e a Sociedade – John Dewey 1900 (pela Relógio d’Água em Fevereiro de 2002)

01/10/11

Da Escola


"A mudança no ensino infantil, nas sociedades mais complexas, é dupla. Antes de mais, há na cultura muito mais conhecimentos e aptidões do que qualquer pessoa tem individualmente. E assim se desenvolve cada vez mais uma técnica económica de ensinar os jovens, profundamente baseada no dizer fora do contexto e não no mostrar em contexto. Nas sociedades letradas, a prática institucionaliza-se na escola ou no professor. Ambas promovem esta forma necessariamente abstrata de ensinar os jovens. O resultado de "ensinar a cultura" pode, na pior das hipóteses, conduzir ao absurdo ritual e rotineiro que levou uma geração de críticos ao desespero. Isto porque, na escola deslocada, aquilo que se transmite tem, muitas vezes, pouco a ver com a vida tal como a vivemos na sociedade, excepto na medida em que as exigências da escola reflectem indirectamente as exigências da vida na sociedade técnica. Mas estas exigências indirectamente impostas podem ser a característica mais importante da escola deslocada. A escola é um desvio acentuado da prática indígena. Como vimos (anteriormente), tira a aprendizagem do contexto da acção imediata simplesmente ao colocá-la numa escola. Esta separação faz com que a aprendizagem se torne, em si própria, um acto, libertada dos fins imediatos da acção, preparando aquele que aprende para a cadeia de cálculo distante da repercussão necessária à formulação de ideias complexas. Ao mesmo tempo, a escola (se bem sucedida) liberta a criança da rotina das actividades quotidianas. Se a escola conseguir evitar que se estabeleça nela própria uma rotina, pode ser um dos grandes agentes da promoção da reflexão. Além disso, na escola, tem de se "acompanhar a lição", o que implica ter de se aprender a acompanhar quer a abstracção do discurso escrito - abstracto, no sentido em que está divorciado da situação concreta com que o discurso poderia estar originalmente relacionado - quer a abstracção da linguagem oral, mas afastada do contexto de uma acção em curso. Trata-se de duas utilizações profundamente abstratas da linguagem."


Para uma Teoria da Educação – Jerome Bruner 1966 (pela Relógio d’Água em Agosto de 1999)

19/09/11

Estamos nisto todos juntos



woke up this morning
i suddenly realized
were all in this together
i started smiling
cos you were smiling
and were all in this together
im made of atoms
youre made of atoms
and were all in this together
and long division
just doesnt matter
cos were all in this together

i saw you walking
in the city
were all in this together
the city's changing
cos we are changing
and were all in this together
every twelve seconds
someone remembers
that were all in this together
in the kitchen
of your rent-control apartment
were all in this together

cmon baby
i dont mean to rush you
i only wanted to reach out and touch you
ive gotta start to open my heart

i know you think
about jumping ship before it sinks
but were all in this together
ask a scientist
its quantum physics
were all in this together
and on the subway
we feel like strangers
but were all in this together
yeah i love you and you love her
and she loves him
but were all in this together

yknow baby
theres never been protection
in all the history of human connection
cmon darling
its alright to show me
you dont ever need to be lonely
once you start to open your heart

i saw you crying
i started crying
cos were all in this together

and then religion
its a big decision
but were all in this together

were all in this together

13/07/11

Moody Humour

Assim estamos, nesta altura do nosso campeonato económico...

16/05/11

Testemunho

Não querendo tomar partido(s), aqui fica o depoimento proferido por Sandra Martins no Fórum Educação "Educação Para Todos, + Escola Pública", realizado no passado dia 8 no Porto.

09/05/11

Entre nós e as palavras

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mão e as paredes de Elsinore

E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Mário Cesariny de Vasconcelos

18/03/11

Strange Country

Sayonara!
Aqui vai mais um vídeo para ficarmos a conhecer melhor o país sob o qual se abateu(ram) a(s) catástrofe(s) que todos tememos na história e(in)volutiva da humanidade e do planeta.
Não sobre sismos, tsunamis ou acidentes nucleares mas com tópicos interessantes como Carácter, Tecnologia, Água, Sushi, Amor e Suicídio - a partir de dados sobre a sua população, costumese hábitos de saúde e consumo, integrando-os com as respectivas consequências em termos de ecossistema e sustentabilidade.
Arigato!


Japan - The Strange Country por ChillClub

26/02/11

Aos Apreciadores do Conhecimento

Contra a iliteracia matemática (mesmo no secundário - aqui toda a cultura!) e a violação dos direitos humanos!


BBC Documentary - The Story of Maths (1of4) Here 1."The Language of the Universe"
2."The Genius of the East"
3."The Frontiers of Space"
4."To Infinity and Beyond"

06/02/11

Mudar o Paradigma

Aqui está um meio ótimo (ups, já estou a tirar os pês!) para, a partir do esquema e do desenho - esta é para o nosso colaborador do lado, formador de cidadania - conseguirmos pensar o papel evolutivo (e também está no ADN, que agora sempre nos aparece nos portefólios) e destrutivo (não escrevi inútil!) da educação. Enjoy!


E se aqui não se publica mais é pelo transtorno de hiperactividade com déficit de atenção (aproveitamos e validamos língua estrangeira!) Vejam ainda os "related" videos.

23/01/11

Sophia


À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.




A propósito do Colóquio Internacional que a Fundação Calouste Gulbenkian dedica a essa Alma Maior da Poesia na nossa língua - Sophia de Mello Breyner Andresen - Quinta e Sexta desta semana, em Lisboa.
Aqui, na série documental - Grandes Livros - produzida pela RTP. - Retrato por Arpad Szenes publicado na capa da sua Obra Poética (actualizada)

13/01/11

Bem-Vindos

Faz um ano que aqui não vínhamos. Por desinteresse, distracção, desinspiração, desapego, desleixo, displicência. Há tempos assim... Mas acordámos para o objectivo com que esta forma de informação e comunicação foi criada: dar-vos a conhecer o que se vai passando e pensando, neste mundo “estranho” que é o da aprendizagem ao longo da Vida. E é a partir das experiências de todos - equipa técnica sempre embrenhada, candidatos que decidem apostar nas suas qualificações e outros que coincidem neste campo, todos adultos, com descobertas feitas a cada momento e histórias para contar - que queremos renascer e faze-lo de novo! O mesmo mas de forma diferente... Reinventarmo-nos!

Decidimos dividi-lo na face mais informativa das várias iniciativas que o nosso centro leva a cabo em todo o seu âmbito de acção – que agora estarão disponíveis na página renovada do mega-agrupamento de que fazemos parte (basta carregar no símbolo aqui ao lado), e no lado mais lúdico e formativo que este renovado espaço agora toma como farol. Passa a ser aberto a todos para publicarem as suas opiniões, críticas, imagens ou palavras, achados actuais ou antigos, próprios ou devidamente citados, artigos simples ou complexos, prosa ou poesia, aforismos, curiosidades humorísticas, à mão ou à tecla - basta enviar o que considerarem interessante ser partilhado para o endereço eletrónico cnoesmax@gmail.com ao cuidado de João Moreira e aqui será “postado” como convém.

Desde já, obrigado a todos por quererem Ser Mais!