Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado. (José Saramago)
Blogue dos Profissionais RVC do CNO EsMax. Move-nos o desbravar dos caminhos, o alargar das estreitezas.
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22/11/11
Ocupação
"Em primeiro lugar, todos os interesses se desenvolvem a partir de instintos ou hábitos, os quais, por sua vez se baseiam num instinto original. Não se pode concluir que todos os instintos tenham o mesmo valor ou que não herdemos muitos instintos que necessitam mais de transformação do que de satisfação, de forma a terem alguma utilidade na vida. Mas os instintos que encontram uma saída e expressão conscientes na ocupação estão destinados a ser de um tipo particulamente fundamental e permanente. As actividades da vida estão por necessidade orientadas no sentido de colocar os materiais e forças da natureza sob o controlo dos nossos objectivos; a torná-los tributários com os fins da vida. Os homens tiveram de trabalhar para viver. No seu trabalho e através dele controlaram a natureza, protegeram e enriqueceram as condições de vida, despertaram para o sentido dos seus próprios poderes: foram levados a inventar, planear e alegrar-se perante a aquisição de competências. De uma maneira muito simples, pode dizer-se que todas as ocupações podem ser entendidas como instâncias das relações fundamentais do homem com o mundo em que vive com o objectivo de arranjar comida para manter a vida; assegurar vestuário e abrigos para se proteger e ornamentar-se e, por fim, encontrar uma casa permanente na qual todos os interesses espirituais e mais elevados se possam centralizar. É um absurdo pensar-se que interesses que possuem esta história subjacente possam ser menosprezados."
A Escola e a Sociedade – John Dewey 1900 (pela Relógio d’Água em Fevereiro de 2002)
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